Commemorations of Saint George's Day - Connections Between São Paulo and Great Britain (2014)



[EN] There are many concerns about Britain nowadays, liberal-left politics, uncontrolled immigration, the decay of the Church... But as I admire the Victorian Britain and as St. George's Day approaches, I highlighted here some facts about Great Britain and São Paulo.


[PT] Existem algumas preocupações com a Inglaterra nos dias de hoje, políticas liberais de esquerda, imigração descontrolada, o enfraquecimento da igreja... Mas como admiro a Inglaterra Vitoriana e como o St. George's Day se aproxima (um dia Cívico para a Inglaterra), separei aqui alguns fatos sobre a Grã-Bretanha e São Paulo.


Paranapiacaba (source)

[EN] Paranpiacaba is one of our Victorian influences from the British, nowadays the place is loved  by nature admires, History enthusiasts and some Steampunk people

[PT] Paranapiacaba é uma de nossas influências Vitorianas dos Britânicos. Hoje em dia o lugar é frequentado pelo pessoal Steampunk, amantes da natureza e amantes de História.

The steam train (source)

Typical British House (source)

Post card - Cartão Postal (source)

A great website about Paranapiacaba - Vila dos Ingleses

More information about Paranapiacaba here and a study in English here

Paranapiacaba on Facebook





Football (source)

[EN] The first football match ever played in Brazil was in Várzea do Carmo, São Paulo City on April 14, 1895, by the British workers of São Paulo Railway (more info below) and the workers of San Paulo Gas Company. This match was arranged by Charles Miller.

[PT] A primeira partida de futebol feita no Brasil foi em Várzea do Carmo, na capital, São Paulo, no dia 14 de Abril de 1895, pelos funcionários britânicos da São Paulo Railway (mais informações abaixo) e os da San Paulo Gas Company. Essa partida foi organizada por Charles Miller.

Some of the First Football Teams in São Paulo - Alguns dos Primeiros Times de Futebol em São Paulo








Associação Atlética da Lapa (no info)

Estrela Polar (no info)



 
[EN] Charles Miller also brought Rugby and Cricket to São Paulo and after creating the São Paulo Athletic Club, the practices were made in a field in Pirituba, property of São Paulo Railway.
[PT] Charles Miller também trouxe o Rugby e o Cricket para São Paulo e depois de criar o São Paulo Athletic Club, os treinos aconteciam em um campo em Pirituba, propriedade da São Paulo Railway.


(source)
[EN] But the Rugby in São Paulo was strongly stimulated by James Macintyre and Gordon Fox Rule, who started the Britânia Football Club. Picture: Macintyre and a player.

[PT] Mas quem realmente estimulou o Rugby em São Paulo foi James Macintyre, que iniciou o Britânia Football Club. Foto: Macintyre e outro jogador.

[EN] Beilby Alston Competition: The name was chosen after the British Ambassador for Brazil Sir Beilby Alston who supported the Rugby in Brazil. The competition was composed of a team representing São Paulo and another team representing Rio de Janeiro. Between 1937 and 1983 there were 40 games with 24 victories of the Paulistas and only 16 of the Fluminenses. The picture was taken of a match in 1940.

[PT] Taça Beilby Alston: O nome foi escolhido em razão do embaixador britânico sir Beilby Alston, que apoiou o Rugby no Brasil. A competição era composta de uma seleção Paulista e uma seleção Fluminense. Entre 1937 e 1983, foram 40 partidas com 24 vitórias dos Paulistas e apenas 16 dos Fluminenses. A foto foi tirada em uma partida, 1940.








São Paulo Railway (source)

[EN] São Paulo Railway was a British private company which built rail tracks to connect Santos to Jundiaí, passing through São Paulo City.

[PT] São Paulo Railway era uma compania Britânica particular que construiu os trilhos que ligavam Santos à Jundiaí, passando por São Paulo.

The coffee needed to be taken from Jundiaí to the port of Santos and then be exported - O café precisava ser retirado de Jundiaí e levado ao porto de Santos para ser exportado (source)

São Paulo Railway on Facebook

Page about the protection and restoration of the Funicular on Facebook



Estação da Luz - Station of Light (source)

[EN] Luz Station is one of the most important train stations in São Paulo City. It is in Luz neighbourhood and it was designed by a British man named Charles Henry Driver

[PT] A Estação da Luz é uma das estações de trem mais importantes da cidade de São Paulo. É localizada no bairro da Luz e foi projetada pelo britânico Charles Henry Driver.

The clock of the station's tower was a reference to the other clocks in the city because of its preciseness - O relógio da torre era referência para os outros relógios da cidade por sua precisão.


Drizzle on the Station. São Paulo City was known as "The City of Drizzle". Garoa na Estação. A cidade de São Paulo era conhecida como "Cidade da Garoa".




A building in the central zone of São Paulo City, designed by Ramos de Azevedo, was used by the store Casa Anglo-Brasileira S/A (Anglo-Brazilian House S/A) with the name of Mappin. In this picture it is possible to see the UK flag. Um prédio no centro da cidade de São Paulo, projetado por Ramos de Azevedo foi usado pela loja Casa Anglo-Brasileira S/A, o Mappin. Nesta foto é possível ver a bandeira do Reino Unido.






Anglicans in São Paulo - Anglicanos em São Paulo
Cross at Catedral Anglicana of São Paulo (source)


[EN] The Anglican Church is the oldest non-Roman-Catholic church to have its presence in Brazil, starting activities in 1810. Since that to nowadays, there are some Anglican denominations in São Paulo such as The Anglican Episcopal Church of Brazil, Reformed Anglican Church of Brazil (Free Church of England in Brazil), among others.

[PT] A Igreja Anglicana é a mais antiga igreja não Católica Romana a ter sua presença no Brasil, começando no ano de 1810. Desta data ao dias de hoje, existem muitas denominações Anglicanas em São Paulo como a The Anglican Episcopal Church of BrazilReformed Anglican Church of Brazil (Free Church of England no Brasil), dentre outras.

  
Anglican Temple in Santos built in about 1916.  Templo Anglicano em Santos construído por volta de 1916.
(source1 and source2)

Catedral of São Paulo - Catedral de São Paulo

[EN] This church is a result of the British men who came to São Paulo to work at São Paulo Railway in the 19th Century. This temple was built in 1873, near Luz Train Station. Nowadays it is at another address and it's one of the few Anglican churches in São Paulo which has services both in English and Portuguese.

[PT] Esta igreja é resultado dos britânicos que vieram para São Paulo para trabalhar na São Paulo Railway no século XIX. O templo foi contruído em 1873, perto da Estação da Luz. Hoje em dia está em outro local e é uma das poucas igrejas Anglicanas a fazer as celebrações em Inglês e Português.






Guerreiros Paulistas - São Paulo and Great Britain
[EN] In general, we can say that British people helped to modernize São Paulo in good style. Apart from São Paulo Railway, we can highlight other British companies which came to SP such as Companhia City, Western Telegraph, Royal Mail and also some banks: London and Brazilian Bank, British Bank of South America, London and River Plate Bank. Some people still use to say things like "In the times of British, it used to work" Regarding the British punctuality and efforts for quality.

[PT] Em geral, podemos dizer que os ingleses ajudaram a modernizar São Paulo em bom estilo. Além da São Paulo Railway, podemos salientar outras empresas britânicas que vieram à SP como a Companhia City, Western Telegraph, Royal Mail e também bancos: London and Brazilian Bank, British Bank of South America, London and River Plate Bank. Algumas pessoas ainda costumam dizer coisas como "No tempo dos ingleses funcionava" Em relação a pontualidade e eficiência de seu trabalho.

Source for the topic above here
Fonte para o tópico acima aqui




Queen Elizabeth II visiting São Paulo


Queen Elizabeth II visiting São Paulo. At Ipiranga Museum

Englishmen playing golf at Morro dos Ingleses, the São Paulo Country Club (source)

Parada Inglesa (English Stop), an extensive piece of land which belonged to William Harding (source)


A careful and exciting testimony named "A "British São Paulo""







[EN] When we talk about Alternative History, the main question we make is "What if?". So, for this post our question is "What if São Paulo was part of the British Commonwealth of Nations?" Wouldn't it have been better for the Paulistas if São Paulo had been part of the British Commonwealth?

[PT] Quando falamos de História Alternativa, a principal pergunta que fazemos é "E se?". Então, para este post, nossa questão é "E se São Paulo fizesse parte da Commonwealth Britânica?" Não teria sido melhor para os Paulistas se São Paulo tivesse sido parte da Commonwealth Britânica?


[EN] The flag would follow the pattern of the Commonwealth flags, with the Union Jack above on the left and the symbol of the Nation on the right. The symbol is the coat of arms of São Paulo City, representing the whole State of São Paulo.

[PT] A bandeira seguiria o padrão das bandeiras da Commonwealth, com a Union Jack britânica acima à esquerda e o brasão da Nação à direita. O Símbolo é o brasão da Cidade de São Paulo, representando o Estado de São Paulo por inteiro.





Júlio César of Movimento São Paulo Independente (MSPI) in an interview for Guerreiros Paulistas

Interview to Julio Cesar Bueno of MSPI by Guerreiros Paulistas (Bandcamp / Facebook)

April 10, 2014

Movimento São Paulo Independente (São Paulo Independent Movement) or MSPI, has caught the attention of the Paulistas in a complicated moment that Brasil has been through, the same is happening to other movements throughout the country which are increasing in numbers. In the following interview, Júlio César, of MSPI, replies to many questions that commonly rise up about the Movement as well he justifies MSPI with historical and cultural basis, making it clear that it's not about one more utopian ideology of false equality emerged from a moment of enthusiasm (or under drugs) in a Brazilian public university.


What is the MSPI and what are its principles?


MSPI, as the name says, is a movement so it has as main meaning to move people for the idea of the Paulista separatism. We try to inform people and gather some others who have been defending the separatism for themselves, without a movement, people who have always felt different by having these ideas. Separatism is a clear fact for those who choose to use reason to understand the current reality of Brazil.

About our principles, MSPI differs a little of other separatist movements of the South of Brazil and even here in São Paulo. That happens because of our focus in the identity. The Bandeirante Identity has been reviewed and the MSPI is working to promote this reborn of identity.We work for identity as well because São Paulo has had its real culture avoided by general media. Without identity there is no nation. Even with all the current problems, São Paulo has its own singular culture, identity (a feeling of belongingness), people and land, so we got all necessary elements to be a Nation. Awareness is necessary from people now and this is our duty. 








Is it possible to point in the Brazilian History, reasons to justify the existence of MSPI nowadays?

I believe that who dedicates himself to a rational study of the social reality of São Paulo can very well conclude that separatism is not only fair but it's the most reasonable way to solve the calamitous situation in which the Paulista people has been undergone.

There are some elements in History to justify the separatism thesis, there are many, actually. Firstly it's necessary to say here the example left by our ancestors, who in 1641 proclaimed the "Good Man", Amador Bueno, as King of the Paulistas, in way to stop being subjected by the Portuguese Government, just reinstated. That was the first act for independence happened in America. 

In 1887, inside the PRP Partido Republicano Paulista (Paulista Republican Party), the second strongest ideology was the separatist one (read "A Pátria Paulista" of Alberto Sales, "A Pátria Paulista" of Cássia Aducci and the work of the professor José Ênio Casalecchi, about the PRP). The separatists were a key factor to overthrow the centralized Brazilian monarchy in 1889. The practical result of all that was, apart of changing the form of governance, the creation of the most fit constitution that Brazil has ever had, the Carta of 1891 which highlighted the federalism.

So, Paulista Separatism is a traditional and old subject. Until the 18th century, São Paulo was still a very isolated region, the Portuguese Monarchy used to deal with São Paulo only in cases of shipwreck in our coasts, to charge taxes or by the need of military defence. While other regions were living wealthy with their Lords in a system of slavery plantation. São Paulo was living with the sweat of its face, in a society far more democratic than other parts of Portuguese colonies. São Paulo has always been different of other regions of Portuguese America, until the 19th century, during it (the coffee period) to nowadays. The civilization development of São Paulo was never similar to other places in Brazil, actually, I would say they go in the contrary direction.



If the option is separatism, what would happen to the other States?

Each State follow its own path, according to what its population sovereignly claims. If they want to keep being together under the name and the flag of Brazil, so be it. If they want to keep united but under a confederation, so be it, nothing can stop them. Therefore it's clear that a deep structural change will take place or at least there will be a chance for this to happen when people will be able to realize that their "elite" in government is outdated and selfish absorbing for them everything good which people produce. When I say "elite" I say using the bad side of the word. Every nation needs a ruling elite but it's not right when those rulers don't see their existence as an example to be followed and see it just as a parasite existence of absorbing resources. The Brazilian "elites" don't know how to be an Elite, they must learn because people in States, specially in North-east, wouldn't accept to live in worse penury, in a case of independence of São Paulo, which is the "million dollar duck of Brazil", stopping the "elites" of the centralized Brazil of stealing resources.




What does prevail? A Brazilian Culture or Local Culture in each State?


There is no such a thing as Brazilian Culture as an organic nation. The "Brazilianity" (brasilidade), word used to talk about the alleged Brazilian identity, is a concept created by intellectuals always with the support of the Brazilian government, since the Imperial times. Those intellectuals got a mission of writing a History for Brazil, which can only be considered a fiction, as there was no Brazil before 1808, at least, and being more precisely, before 1822 with the independence from Portugal. What was there before that year was just a Portuguese colony in America, which was populated by many Euro-American people: Paulistas, Fluminenses, Pernambucanos, Baianos, etc.

Today, thanks to that coordinated act of the Brazilian government and their wealthy supporters, the economical powers and the media share the idea of the existence of a Brazilian identity. In facto, for many people this is just a non-important topic. The Brazilian ex-President FHC was once asked in an interview about the fact of no current publishings of great essays about the (alleged) Brazilian culture, indetity and people and FHC replied that there is no more need for those publishings because the mission of creating an identity was already fulfilled, he said that there is no need of essays as "O Povo Brasileiro","Casa-Grande & Senzala" or "Raízes do Brazil", mission accomplished.

The alleged Brazilian identity is nothing more than artificial foam, that sonn will be vanished by the power of History. There is no way to beat the real identity of people. I quote here the historian Alfredo Ellis Jr. "There is no Brazilian History in an homogeneous way. It is the amount of chapters of local histories".

I believe we can't even limit the local culture to regions, there is no such a thing, for instance, Southern Culture, but different culture of the 3 states that compose the South of Brazil. It's the same for the South-east region and in North-east, cultures are so different that if we talk about a "North-eastian" culture, it will be as artificial as the famous"Brasilianity". 



Who are the allies and opposition for MSPI?

The only allies for MSPI are the orderly Paulistas, who are tired of the situations they face daily. We want to live in peace, enjoying our work's result we that we got out of the sweat of our face and the same which nowadays is taken away by abusive taxes that we pay to the capital Brasília. We don't have even the right for a healthy culture because turning on the TV, we see the media trash, being sold to tired working people who has no vastly options of leisure.
In this sense, our main opposition are those who defend the current status quo in our nation. Secondly, in Brazil, in Latin America actually, the nationalism has been transformed in leftism and many Brazilian nationalists are real lefties. Those ones enjoy coming to mess up our cause, but they really need better arguments, they need historic and theory basis. Their arguments are merely emotional and irrational, and sometimes, idealogical. As points the historian João Camilo de Oliveira Torres, all ideologies carry in itself, primarily, a load of merely emotional ethos. So the Brazilian nationalism is our enemy. Those who are honest, need to review, in the basis of reason, their anti-separatism ideas.


 (Separatism is not racism, don't attack who fights for a better future)






Are there other separatist movements in other States of Brazil or even other ones inside São Paulo?



The separatism in Brazil re emerged strongly after the post-dictatorship period in the country, specially in the early 90's. In São Paulo the oldest of the modern movements is MSPI, founded in 1992 by the jurist João Nascimento Franco. In the 2000's other movements appeared utilizing a lot the internet. In the South there is the strongest current movement in the country "O Sul é o Meu País" (The South is My Country), led currently by Celso Deucher.

It's curious to observe the rising of a separatist spirit in the State of Rio de Janeiro, even being stronger more on internet, it rose after some royalties fights against the Brazilian government about a discovered pre-salt layer.
In São Paulo, the current most active movement is MSPI, which makes regular public meetings, share its activities and invite people to do acts for São Paulo. There are some other movements that started as Liga Paulista Pela Autonomia, coordinated by Roberto Tonin, but now apparently in a stand-by status. There is MRSP, which nowadays is limited to internet.



To whom it may concerns, what is necessary to join and/or cooperate to the cause?


MSPI has only the volunteer work of its activists. None here gets any money for what is done for São Paulo. Our work is a work for the love of the Paulista Nation. Who shares this very same love, just start following the activities, which are public and always published on internet in our official page, group and website. Eventually we collect money to pay expenses we have, but everything is volunteered and occasional.

So, to be part of it, just being willing is required so you can follow us in this patriotic journey. 






(São Paulo Is My Country)


For a great Historic Archive of São Paulo, check: Tudo Por São Paulo 


BACK TO SÃO PAULO MAIN TOPIC

Júlio César do Movimento São Paulo Independente (MSPI) em entrevista à Guerreiros Paulistas

Entrevista à Julio Cesar Bueno do MSPI pelo projeto Guerreiros Paulistas (Bandcamp / Facebook)

10 de Abril de 2014

O Movimento São Paulo Independente vêm chamando a atenção dos Paulistas em um momento drástico que o Brasil tem passado, assim como outros movimentos separatistas vêm ganhando força em todo o país. Segue, abaixo, um entrevista em que Júlio César, do MSPI, esclarece muitas dúvidas que normalmente aparecerem em relação ao Movimento, além de mostrar base histórica e cultural, deixando claro que não se trata de mais uma ideologia utópica de falsas igualdades surgida a partir de uma empolgação (ou sob efeito de drogas) em alguma faculdade pública.


O que é o MSPI e quais seus princípios?

O MSPI-Movimento São Paulo Independente, como o próprio nome já indica, é um movimento, logo, tem por função essencial movimentar as pessoas em torno da ideia do separatismo paulista, buscando conscientizá-las e mostrar a muitas pessoas que sempre defenderam sozinhas, após chegar a conclusão por si mesmas, graças a uma análise empírica da realidade e viram que o separatismo é a solução, que elas não são peixes fora d’água, e não defendem uma ideia de loucos. O separatismo é uma verdade auto evidente àqueles que buscam se utilizar da razão para compreender a realidade social do Brasil.
Quanto aos nossos princípios, o MSPI se destaca um pouco de outros movimentos separatistas que existem na região Sul do Brasil e mesmo em São Paulo, graças ao seu enfoque na questão identitária. O identitarismo bandeirante passa por uma reavaliação e um renascimento do sentimento de “Ser Paulista”. E para reforçar esse sentimento do Ser Paulista, o MSPI tem trabalhado fortemente para promover ações que estejam nessa direção. Temos buscado conscientizar os muitos Paulistas que perderam, graças a anos de uma espuma cultural com temática não Paulista na mídia, de sua real identidade nacional, como Paulistas.
Sem a identidade não pode haver povo, nem nação. São Paulo, mesmo com todos os problemas contemporâneos tem cultura própria e ímpar, identidade (sentimento de pertencimento), povo e território, ou seja, temos todos os elementos para constituir um estado nação. Basta a conscientização disso, e é nesse sentido que o MSPI tem também trabalhado fortemente.





É possível apontar, na história brasileira, razões para justificar a existência do MSPI hoje em dia?

Acredito que para aqueles que já se dedicaram a análise racional da realidade social Paulista podem muito bem, por si sós, chegar a conclusão de que a causa separatista não é apenas justa, mas é também aquela mais razoável para resolver essa calamitosa situação a qual o Povo Paulista é submetido.
Existem outros elementos de ordem histórica para justificar a tese separatista, e são muitos, aliás.
Primeiramente é necessário citar o exemplo deixado por nossos antepassados, que em 1641 aclamaram o “homem bom”, Amador Bueno, como seu rei, de modo a não se sujeitar ao governo português, recém reinstaurado. Foi a primeira vez na América que um movimento por independência ocorreu.
Em 1887, dentro do PRP, o Partido Republicano Paulista, a segunda corrente mais forte era aquela constituída de separatistas (ler “A Pátria Paulista”, de Alberto Sales, também o livro de Cássia Aducci que tem o mesmo título, além do trabalho do professor José Ênio Casalecchi a respeito do PRP), e foram esses separatistas também importantes agentes na criação de condições para a derrubada da monarquia centralista no Brasil em 1889. O resultado prático disso tudo foi, além da mudança do regime de governo, a criação da mais adequada constituição que já teve o Brasil, a Carta de 1891, que consagrou o federalismo.
Ou seja, é o separatismo Paulista assunto muito antigo. Até o período minerador (século XVIII) São Paulo era uma região muito isolada, e a coroa portuguesa somente procurava os Paulistas em caso de naufrágio na costa, cobrança de impostos ou necessidade de defender o território. Enquanto outras regiões viviam em bonança de enormes senhorios, sobre o plantation escravocrata, São Paulo vivia com o suor do seu rosto, em uma sociedade muito mais democrática do que existia em noutras partes das colônias portuguesas. São Paulo sempre foi diferente das outras regiões da América portuguesa. Seja até o século XIX, durante o século XIX (período do café, por excelência) e depois até hoje. Nunca o desenvolvimento civilizacional de São Paulo assemelhou-se ao de outros lugares do Brasil, aliás, diria, que eles estão no movimento contrário.



Se a opção é separatismo, o que seria dos outros estados brasileiros?

Cada um deverá seguir o seu caminho, de acordo com aquilo que a sua população soberanamente decidir. Se decidirem viver agrupados ainda sobre o nome e a bandeira do Brasil que vivam. Se quiserem viver unidos, sob regime confederativo, que assim seja, nada deve impedi-los. Todavia certeza há de que haverá necessariamente uma mudança estrutural profunda, ou pelo menos uma chance de ouro para tal, já que a população poderá ver que a sua elite dirigente é ultrapassada, mesquinha, só pensa em si e em sugar tudo o que o povo produz de bom. Esse tipo de elite não é uma elite no sentido positivo que o termo precisa conter. Todo o povo precisa de uma elite dirigente. O que não pode acontecer é ter uma elite que não pensa na sua existência enquanto modelo e prócere, mas apenas como uma existência parasitária.
As elites no Brasil não sabem ser elites. Pois elas precisaram aprender a sê-las, pois o povo dos estados, em especial do nordeste, certamente não aceitaram viver em penúria maior ainda, já que a “pata dos ovos de ouro”, São Paulo, não estará mais fazendo parte desse país, e, portanto, não poderá deixar-se mais ser roubada pelas elites do Brasil.




O que prevalece? Uma cultura brasileira ou uma cultura regional em cada Estado?


Não existe cultura brasileira enquanto uma civilização orgânica. A brasilidade, termo que se usa para falar da suposta identidade brasileira, é um conceito criado por intelectuais sempre com o apoio oficial do Estado Central, desde o período imperial. Os intelectuais receberam uma missão de escrever uma “história do Brasil” o que só pode ser considerado como peça de ficção, já que não existia o Brasil antes de 1808, pelo menos, e mais corretamente, 1822 com o episódio da independência. O que existia era a colônia portuguesa na América, que contava com várias populações euro americanas: Paulistas, fluminenses, pernambucanos, baianos, etc.
Hoje, graças à ação coordenada do Estado e seus acompanhantes de luxo, o poder econômico e a mídia, passa-se tranquilamente a ideia de que existe uma identidade brasileira. E de fato, para muitos isso é ponto pacífico. O ex-presidente FHC foi perguntado certa vez em uma entrevista sobre o fato de, por que, hoje em dia, não se lançarem mais no mercado editorial ensaios monumentais sobre a identidade, a cultura e a civilização dita brasileira, e o mesmo respondeu que hoje esse tipo de texto não se faz mais necessário, pois a sua missão, de criar entre as classes ilustradas do país, uma identidade, uma lógica agregadora, já havia sido realizada. Não mais há necessidade de ensaios como “O Povo Brasileiro”, “Casa Grande e Senzala” ou “Raízes do Brasil”, hoje suas missões já foram cumpridas.
Logo a suposta identidade brasileira nada mais é do que uma espuma artificial, que em breve será varrida pela força da história. Não há como vencer a identidade real dos povos. Cito aqui uma frase do historiador Alfredo Ellis Jr°: “não existe história do Brasil como um conjunto homogêneo. Ela é a soma de capítulos de histórias regionais”.
Eu creio que não se pode, do ponto de visto objetivo mesmo, falar em culturas regionais, no sentido que no Brasil se atribui a regiões geográficas, ou seja, não existe cultura sulista, mas cultura do Rio Grande do Sul, cultura de Santa Catarina e cultura do Paraná. Menos ainda existe uma cultura sudestina e mesmo falar em cultura nordestina é muito difícil. As diferenças antropológicas entre a Bahia e o Pernambuco, ou o Ceará e Alagoas são muito grandes. Não há como falar em cultura nordestina sem se falar numa outra construção quase tão artificial quanto a famigerada brasilidade.




Quem são os aliados e as oposições ao MSPI?


O único aliado que conta o MSPI é a ordeira população Paulista, que está farta dessa situação que ela se depara todos os dias. Nós queremos viver em paz, desfrutando o fruto do nosso trabalho, que conquistamos com o suor do nosso rosto, mas nos é tirado todos os dias através dos impostos abusivos que pagamos à Brasília. Mesmo o direito a uma cultura saudável não nos é dado, pois ao ligar a TV o que se tem é só o mesmo lixo midiático, vendido a uma população trabalhadora cansada e sem maiores opções de lazer.
Nesse sentido, nossa oposição principal é a todos aqueles que defendem esse atual estado de coisas que vemos em nossa pátria.
Em segundo lugar, no Brasil, em especial, e na América latina, como um todo, o nacionalismo acabou por se transformar em uma força de esquerda, e muitos nacionalistas verde-amarelos são esquerdistas natos. Esses adoram vir tripudiar da causa separatista, mas carecem de maiores argumentos, carecem de fundamentação teórica e histórica. Sua defesa é meramente sentimental, irracional, e num certo sentido, ideológica, pois como já pondera o historiador mineiro João Camilo de Oliveira Torres, toda ideologia carrega consigo, primordialmente, uma carga de carácter meramente emocional. Portanto, o nacionalismo brasileiro é nosso inimigo. Aqueles que têm honestidade precisam buscar reavaliar, com base na razão, os seus posicionamentos anti separatistas.






Existem outros movimentos separatistas em outros estados ou até mesmo em São Paulo?

O separatismo no Brasil ressurgiu com muita força após a redemocratização do país, e em especial no início da década de 90. Em São Paulo o movimento moderno mais antigo é o MSPI, fundado em 1992, pelo jurista João Nascimento Franco. Já nos anos 2000 surgiram outros movimentos, sempre se utilizando desta importante ferramenta que é a internet. No Sul temos hoje como maior movimento “O Sul é o meu País”, presidido atualmente pelo catarinense Celso Deucher.
Curioso foi ter notado o surgimento, também na internet, embora não só nela, de um forte espírito separatista no Estado do Rio de Janeiro. Isso se deu após a questão da divisão dos royaltes do Pré Sal.
Em São Paulo atualmente o mais ativo movimento separatista é o MSPI, que realiza reuniões públicas periodicamente, divulga sempre as suas atividades e convida mais pessoas a realizarem ações por São Paulo. Existem outros movimentos que soubemos, tiveram início como a Liga Paulista pela autonomia, coordenada pelo senhor Roberto Tonin, mas que ao que parece encontra-se em standby, além do MRSP, que tem sua atuação hoje restrita apenas a internet.




Aos interessados, o que é preciso fazer para se juntar e cooperar com a causa?


O MSPI conta apenas com o trabalho voluntário dos seus ativistas. Ninguém aqui recebe nenhum dinheiro pelo que faz por São Paulo. Nossa obra é uma obra de amor pela Pátria Paulista. Quem compartilhar desse mesmo amor basta acompanhar nossas atividades, que são públicas e sempre divulgadas na internet, em nossa página oficial, grupo e site. Eventualmente fazemos arrecadações para cobrir gastos que temos, mas todas são de carácter voluntário e esporádico.
Logo, para participar, basta estar disposto e nos acompanhar nessa jornada patriótica.